Brincando de arte ou de soldadinhos sem entender nada

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Cotidiano bicicleta.
Ontem houve chuva e foi esquisito.
De manhã, um vai não vai do tempo, e eu teria um notebook para levar de volta ao trabalho,
então dúvida, terminei chamando um táxi.
Foi impressionante pois, de bicicleta eu praticamente não vejo o engarrafamento,
eu vou passando rapidamente através do engarrafamento.
E de táxi, eu fiquei preso, parado horas, afogado, etc, essas imagens.
Ainda tive que ouvir o motorista dizer que as ruas deveriam ser alargadas,
novas ruas deveriam ser abertas.
Tive a im-paciência de explicar a ele que alargar ruas não é solução, blá, blá, blá.
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Motoristas são pessoas viciadas. Viciados em carro.
Fora do carro, são pessoas extremamente medrosas.
Um motorista na calçada pensa que todos os outros pedestres são assaltantes,
estupradores, assassinos.
Motoristas precisam de sua armadura de ferro para respirar.
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Não compreendo um planeta que depende de motores à combustão individuais.
Não compreendo nada, nem essa crise de mercados, ora, eu tou fora de qualquer mercado,
então f*dam-se os mercados, your problem.
Vai demorar muito tempo e eu não vou ver, mas deve existir, um dia, um planeta
sem países e sem moeda.
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Por fim, hoje, sol, bicicleta. A maior parte do caminho de casa para o trabalho
está engarrafada. Sempre, aliás. Então, é de uma facilidade passar entre
as máquinas paradas, zunindo. Eu até queria ir mais devagar, porém os obstáculos
me estimulam. Os corredores entre as sucatas são tão estreitos que nem moto passa.
Mas a bicicleta passa. E rapidamente chego ao trabalho.
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A burrice do prefeito e dos seus asseclas continua. Para consertar a buraqueira das ruas,
coloca-se nova camada de asfalto por cima e as ruas estão ficando mais altas que as calçadas. 

Chegará o dia em que haverá escadas para subir da calçada para a rua.
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Pronto.